terça-feira, 14 de agosto de 2012

MARCOS PIGOSSI VISITA VITORIA-ES COM A PEÇA O AUTO DA COMPADECIDA






Nem bem descansou desde que deixou “Fina estampa”, Marco Pigossi, que foi o Rafa na última novela das nove, já está com praticamente os dois pés no palco. E nada de personagem fácil pela frente. A partir de sexta-feira, o ator dará vida, no Teatro Carlos Gomes, a Chicó, de “O auto da Compadecida”, personagem marcado na memória de todo mundo na pele de Selton Mello na versão para os cinemas do texto de Ariano Suassuna.

— Acho que o filme marcou muito. Inclusive a atuação do Selton e do Matheus (Nachtergaele, que fez João Grilo; na peça, o papel será de Gláucia Rodrigues). Quando me chamaram para interpretar Chicó, eu pensei nisso. Fui conversar com amigos e todos me disseram para não fazer. Exatamente por isso resolvi encarar (risos)! Não me preocupo com as comparações, são dois veículos diferentes — diz Pigossi, que é só elogios a Selton: — Ele é um ator completo, que eu admiro e respeito muito.
O ator garante, no entanto, que seu Chicó não tem a ver com o de Selton e explica que a versão para os palcos de “O auto da Compadecida” será diferente da das telas, conhecida do grande público:

— O filme teve algumas coisas a mais, inclusive em torno do Chicó. Na essência, são os mesmos personagens, mas a construção é outra.
E se a palavra de ordem é trabalho, Pigossi não se contenta só com o teatro. O ator está em “Gabriela”, novela das 11.


— Não era o planejado, pretendia tirar pelo menos um mês para descansar, mas algumas oportunidades não se pode perder... (risos). Fazer Chicó é uma oportunidade dessas — diz o ator, que sobre a preparação para o espetáculo conta: — Estamos há mais de dois meses ensaiando diariamente, numa média de seis horas por dia. Acredito que teatro é repetição. Na peça, não teremos sotaque. Será neutralizado. O filme do Guel (com Selton e Matheus) não é bem o texto como o Suassuna escreveu. Ele foi adaptado, acrescentaram algumas coisas, inclusive outras peças do Ariano Suassuna, como “O santo e a porca” e “A pena e a lei”, e ainda outras fragmentos de idéias de outros autores. O livro é a peça. “O auto da Compadecida” é uma peça de teatro. Portanto li o livro, sim, e muito, até decorar!! (risos)

Sempre atencioso com os fãs, ele para tirar fotos e dar autógrafos.

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